quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
Poema do tamanho - Ricardo Azevedo
Por exemplo hoje, sábado, estou trabalhando e por estar trânquilo estou lendo. Acabei de saborear um poema, talvez um fraquimento dele, não sei ao certo. Só sei que assim que sair daqui vou passar em uma livraria e comprar o livro que tem esse poema. Depois do poema deixo todas as informações pra quem gostou.
Vamos ao poema!
Poema do tamanho
Será que o tamanho é bom?
Será que o tamanho deu?
Pra mim, o melhor tamanho
Vai ser o tamanho meu.
Mais alto que um gigante
Mais baixo que um pigmeu
Pra mim, o melhor tamanho
Vai ser o tamanho meu.
Tanto faz medir com régua
Tem gente maior que eu
Pra mim, o melhor tamanho
Vai ser o tamanho meu.
Tanto faz medir com a fita
Tem gente menor que eu
Pra mim, o tamanho certo
Pra mim o tamanho exato
Pra mim o melhor tamanho
Vai ser o tamanho meu!
------
http://migre.me/2bxDA
Ah, Segundo Gabriel Perissé escreveu na revista Educação nº162, o poeta intui neste poema que o tamanho de cada um é o critério mais adequado para avaliações. E você o que acha disso? Quem quiser a matéria completa é só me enviar um e-mail!
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Cozinhar
O incrível disso, pelo menos para mim, é que aprendo sobre a vida cozinhando! Talvez aprender seja muito, mas refletir sobre ela certeza que não é pouco. E não é só o fato de cozinhar em si que me faz refletir, e sim tudo que envolve isso. Procurar por ingrediente diferentes, e por causa disso ir a lugares diferentes e conhecer pessoas diferentes, perceber o quanto as pessoas gostam de ajudar e indicar produtos realmente bons. Enfim, muitas coisas, pessoas, sabores, reflexões e surpresas.
domingo, 15 de agosto de 2010
Programa 1 milhão de rodas
A Fundação Dixtal atua há 11 anos promovendo ações socioeducativas no Jardim São Luis, Zona Sul de São Paulo. O Programa 1 Milhão de Rodas, eixo de trabalho da Instituição, encanta e forma voluntários para mediar Rodas de Leitura dentro de escolas, ONGs, bibliotecas e outras instituições com objetivo de promover o encantamento pelo livro, pela leitura e aquisição de novos conhecimentos; acolher e integrar a diversidade étnica e sociocultural; fortalecer a formação de pessoas para uma cultura de relacionamentos colaborativos(fazer juntos).
Para a realização das Rodas, contamos com parceiros como a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, Secretaria de Cultura de Embu das Artes, Fundação Casa, e muitos outros que acolhem as Rodas e os voluntários, disponibilizando seu espaço e público - crianças, jovens, adultos e terceira idade.
A Fundação oferece ao voluntário formação específica para as atividades, acervo de livros, mochila, camiseta, material de apoio, orientação pedagógica e acompanhamento próximo durante todo o processo de trabalho nas Rodas. Para se candidatar é preciso ter mais de dezesseis anos, disponibilidade durante uma hora e meia por semana, ter interesse genuíno pela diversidade humana e gostar de trabalhar com pessoas.
Saiba mais:
Site - www.fundacaodixtal.org.br
Vídeo - http://www.fundacaodixtal.org.
O que é preciso para ser Voluntário?
A idade mínima para ser um voluntário mediador é de 16 anos;
Não é preciso nenhuma habilidade, formação ou experiência específica, apenas gostar de trabalhar com pessoas e ser apaixonado pelo livro e pelo conhecimento;
Participar do curso de formação que a Fundação oferece gratuitamente, distribuído em dois dias, geralmente dois sábados consecutivos, ou outra data conforme adesão;
Dispor de uma hora e meia, uma vez por semana para atuar nas Rodas, sempre no mesmo local, dia e horário;
Durante o trabalho voluntário, participar dos encontros que a Fundação promove gratuitamente – troca de experiências entre voluntários, encontros com autores, oficinas, palestras, entre outros.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Um segredo...que nunca revelei
Costumava caminhar num jardim que terminava em frente a uma escola. Observava meninos e meninas que iam juntos, bonitos, esbanjando alegria. Mas havia uma menina muito gorda que caminhava sempre só. Nunca vi um gesto dos alegres e bonitos convidando-a a juntar-se ao grupo. E ela nem tentava. Havia outra, magra, alta, sem seios, rosto coberto de espinhas, encurvada como se quisesse esconder-se dentro de si.
Ficava pensando que havia nelas uma mocinha que desejava ser amada. O que pensavam quando iam para a cama? Certamente choravam. Mas essas percepções não passavam pela cabeça dos outros.
No Ginásio era assim também. Os bonitos se juntavam. Os feios eram deixados de lado. Um incidente ocorrido há 60 anos continua vívido na minha cabeça. Era uma moça feia, desengonçada, magra. Jamais a vi conversando com um menino ou sorrindo. Entrava na sala e ia para sua carteira, encostada na parede. Um dia, chegou atrasada, a turma já assentada. Não havia jeito de se esconder, desfilou diante de todos. E foi então que um colega deu um daqueles assobios... A classe estourou na gargalhada. Ela continuou a caminhar, as lágrimas escorrendo.
Tive vontade de berrar, um grito de ódio, mas nada fiz. Porque também era fraco e feio e ridículo. Ela é a única colega cujo nome não me esqueci. Suas iniciais eram I.K. Eu era novo no Rio de Janeiro, vindo do interior de Minas, onde ir à escola de sapato era um luxo. Fui ao colégio no primeiro dia de aula com sapato sem meia. Todos riram. No dia seguinte, fui de meia. Não adiantou. Riram-se do meu sotaque caipira. Tornei-me vítima dos valentões. Apanhei muito em silêncio porque não sabia me defender. Não tinha a quem apelar. Acontecia na rua, fora do olhar dos professores. Meus pais não saberiam o que fazer. Minha mãe me daria o único conselho que sabia dar: "Quando um não quer dois não brigam". É verdade, quando um não quer, um bate e o outro apanha.
Uma pessoa querida me disse que tenho raiva das mulheres. Fico a pensar se essa raiva não tem raízes na minha mãe, que só me ensinava a não reagir, que desejava que eu fosse fraco e não enfrentasse a luta. A pancada que mais doeu foi dada por um colega que se dizia filho de governador, rico, arrogante, ouro nos dentes. Sem motivo, na hora do recreio veio até mim e disse: "Você é ridículo..."
Essas experiências não podem ser esquecidas. A gente faz força para não as revelar, por vergonha. Durante toda a vida, foram um segredo só meu. Nunca as contei nem para os amigos mais íntimos. É a primeira vez que as revelo.
Fui me enchendo de vergonha e de humilhação. Daí nasce o ódio. À medida que crescia e me tornava adulto, esses sentimentos criaram em mim um lado que não suporta a injustiça dos fortes contra os fracos. O que me leva, por vezes, a fazer coisas imprudentes a favor dos fracos, mesmo com risco de ser agredido.
Mas há algo que me magoa. É como se a minha pele de ternura, de voz baixa, de poesia, que deseja proteger as coisas fracas, morasse no mesmo quarto onde mora esse jeito bravo. E, de vez em quando, sem me dar conta, fico irônico, impaciente, a voz se encrespa. Imagino que isso aconteça quando, lá no meu inconsciente, onde mora o menino ridículo que apanhava, o sentimento de humilhação aparece. Magoei muitas pessoas com esse meu jeito, algumas de forma irremediável. Por isso estou triste. Mais triste porque sei que hoje, no mundo todo, os fracos são humilhados e apanham...
Rubem Alves Educador e escritor
domingo, 30 de maio de 2010
Mosaico
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Sofrer? SOFRER?!
Às vezes eu penso como a vida pode ser sofrida para certas pessoas
Não que eu julgue um sofrimento seja maior que o outro...não quero ter essa experiência para saber dimensionar isto.
Fico sempre pensando em um filho abandonado, como deve ser isso?
Ou como é sentir fome e não ter mesmo o que comer?
Como é perder um filho tão esperado que depois de alguns meses de gestação não vingou?
Ou vê-lo morrer quando é criança, adolescente ou pai dos seus netos?
Um abuso sexual? Um acidente com sequelas irreparáveis?
Para alguns, tragédias desse modo, pelo menos ainda, nunca aconteceram.
Por que você reclama...então? Por que você sofre? Você não é digno disso.
Costumo achar isso também, chorar por coisas aparentemente pequenas é uma blasfêmia
Só que...você já imaginou um câncer? Você já pensou por quanto tempo ele fica escondido?
Como ele cresce? Se forma? E a gente, normalmente só percebe que ele existe quando sua erupção nos assusta? Ai sim a gente o coloca no pódio de grandes sofrimentos? Antes ele era tão...tão pequeno? Era só uma dorzinha?
Um pai que nunca abraça uma filha...pequeno.
Os pais que só trabalham e nunca têm tempo para os filhos...pequeno.
Uma criança que não tem acesso a uma boa educação de base...pequeno.
Pequeno...pequeno...pequeno.
Chego à seguinte conclusão, você que sofre uma tragédia, recebeu tudo de uma vez
Você que aparentemente não tem grandes tragédias na verdade você já está passando por ela só que em doses homeopáticas.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Perdemos tantas coisas...
Perdemos tantas coisas...
Queremos ter razão e ponto
Achamos que nossa maneira de viver é a perfeita
E o pensamento?
Nunca existiu um mais puro!
Inteligência?
Cá entre nós “o que estou fazendo nesta terra de mortais?
Pois é...tudo isso que vc é aproxima ou afasta pessoas
Ah, pessoas? Não! Pessoas. Gente de verdade.
Seu pai, sua mãe, seu irmão, seus filhos e seu companheiro e amigos
Tudo bem? Vc encontra outros? Não precisa?
Ok, então vou deixar vc perder mesmo...
E não o seu carro este sim é um bem renovável
Deixarei vc perder as coisas mais lindas da vida
A formatura da sua irmã
Os primeiros passos e sons do seu sobrinho
As malcriações dele que tanto se parecem com as suas
Ops! Desculpa, vc nunca fez isso
A velhice dos seus pais...chegando lentamente...
E que a cada dia os levam para bem longe...
Uma lágrima...
O que? Não quer que eu termine?
Uma novidade? Conta!